Quem me conhece sabe que não sou muito de seguir padrões, regras, ...
Isso não quer dizer que abomino regras. Acho que precisamos de regras para uma boa convivência. Mas não vou me anular como pessoa para 'caber' dentro de um determinado formato.
Não vou usar vestidos para me mostrar 'feminina', ou preferir o rosa ao azul pq sou 'menina'.
Isso eu pensava antes de mergulhar nos textos da academia sobre gênero. Aliás tenho MUITO a agradecer a pessoas que me ajudaram nessa caminhada, Professora Maria Helena, Professora Ângela Maria Freire, Professora Eliane Maio, Lívia (é Professora, mas uma amiga bem próxima), Claudete, Leisitânia (amigas bem especiais com as quais conversei muito sobre essa formatação de meninos e meninas).
Se me recusava a aceitar um formato para ser percebida como feminina antes do mestrado, depois dele fiquei mais incomodada com qualquer tipo de formatação. Imaginei que ia passar. Ou diminuir. Que nada. Piorou.
Fiquei com dificuldade em formatar meus textos para serem aceitos por revistas/ eventos. No início achei que era cansaço. Depois de um mestrado a gente fica meio escaldada. É formatação demais, detalhe demais para observar em um texto. Aliás aqui mais um agradecimento à minha orientadora do mestrado, Inêz. Ela e a Professora Maria Helena foram fundamentais na minha compreensão de metodologia científica. Entendi que a metodologia é o coração da pesquisa. Uma pesquisa que usa metodologia inadequada pode não conseguir atingir seus objetivos ou pior, obter dados que indicam resultados incorretos.
Mas entender a importância dos procedimentos metodológicos não me deixa confortável em ‘adequar’ minha escrita e meus textos a um determinado padrão (que preconiza o uso do negrito em tal seção, de itálico em outra, ...).
Eu sei que algumas áreas de conhecimento têm maior ligação com normas, padrões. Compreendo que nessas áreas ter um texto ‘formatadinho’, dentro dos padrões exigidos por determinada revista ou evento é algo corriqueiro. Quem convive cotidianamente com certos padrões provavelmente não estranha a exigência de adequação da escrita à uma formatação. Negritos, sublinhados, itálicos, vírgulas, datas, cada coisa no lugar indicado deve ser percebida como apenas mais uma norma que deve ser seguida. Tudo bem.
Mas trabalho com temas que execram a formatação. Quem trata de homossexualidade, gênero, e temas correlatos geralmente discorda da formatação dos corpos. Tod@s autores que conheço e abordam esses temas rechaçam veementemente qualquer forma de engessamento de comportamento.
Aí vem o problema central dessa conversa: então porque diacho, eventos/ revistas que abordam questões ligadas à gênero e homossexualidade, exigem textos com tantas formatações?
Para mim isso é incoerente. Fala-se da escola como produtora e reprodutora de padrões, mas essa escrita, que reprova a formatação da escola precisa ‘caber’ na formatação do evento ou revista.
Para mim isso não está certo. Entendo a necessidade de um mínimo/máximo de caracteres. Até aceito um tamanho de letra para manter a legibilidade. Mas exigir que determinada palavra seja escrita em itálico ou negrito, com as determinadas normas de citação (que exigem uma sequência exata de cada item; autor, título, editora, ano,...) em um evento/ revista que discorda de formatação, na minha forma de pensar é preciosismo.
Deve-se citar o autor, deixar claro de onde vem a ideia descrita, mas sinceramente, não vejo sentido que essa citação siga determinada sequência. É importante deixar claro a autoria, bem como de qual obra retirou a informação, acho legal inclusive citar as páginas (se for citação textual). Mas colocar título em itálico/ negrito serve para que? E pior, a exigência de usar dois pontos antes da editora (e não ponto, ou ponto e vírgula).
Quero meus textos livres, felizes. Mostrando quem eu sou e como penso. Sem amarras, sem formatações. Prometo bem prometidinho que sempre vou dizer de onde tirei determinada ideia.
Mas não quero que minha escrita seja refém de nenhuma formatação. Nenhum engessamento. Gosto da liberdade. Por isso vou optar por escrever aqui, nesse Blog. O blog da professorinha.
Da professorinha que quer ser livre e quer que alunos e alunas possam romper as amarras e seguir a vida, plena, sem engessamentos ou formatações.
Aí vem o problema central dessa conversa: então porque diacho, eventos/ revistas que abordam questões ligadas à gênero e homossexualidade, exigem textos com tantas formatações?
Para mim isso é incoerente. Fala-se da escola como produtora e reprodutora de padrões, mas essa escrita, que reprova a formatação da escola precisa ‘caber’ na formatação do evento ou revista.
Para mim isso não está certo. Entendo a necessidade de um mínimo/máximo de caracteres. Até aceito um tamanho de letra para manter a legibilidade. Mas exigir que determinada palavra seja escrita em itálico ou negrito, com as determinadas normas de citação (que exigem uma sequência exata de cada item; autor, título, editora, ano,...) em um evento/ revista que discorda de formatação, na minha forma de pensar é preciosismo.
Deve-se citar o autor, deixar claro de onde vem a ideia descrita, mas sinceramente, não vejo sentido que essa citação siga determinada sequência. É importante deixar claro a autoria, bem como de qual obra retirou a informação, acho legal inclusive citar as páginas (se for citação textual). Mas colocar título em itálico/ negrito serve para que? E pior, a exigência de usar dois pontos antes da editora (e não ponto, ou ponto e vírgula).
Quero meus textos livres, felizes. Mostrando quem eu sou e como penso. Sem amarras, sem formatações. Prometo bem prometidinho que sempre vou dizer de onde tirei determinada ideia.
Mas não quero que minha escrita seja refém de nenhuma formatação. Nenhum engessamento. Gosto da liberdade. Por isso vou optar por escrever aqui, nesse Blog. O blog da professorinha.
Da professorinha que quer ser livre e quer que alunos e alunas possam romper as amarras e seguir a vida, plena, sem engessamentos ou formatações.