Tudo bem, nunca fui uma criança quieta. Já me machuquei muito. Mas meus alunos e alunas às vezes conseguem me superar, e muito.
Ano passado depois de explicar um assunto aos meus alunos do 6º ano passei um exercício e fui para a janela (para sair da frente dos meus anjos que reclamavam que minha cabeça estava na frente do quadro). Através da janela vi que alguns alunos do 7º ano estavam brincando de correr no pátio. Fiquei preocupada com um possível tombo. Afinal, minha experiência em quedas me diz ser bem provável durante esse tipo de brincadeira a gente cair, se ralar, e voltar a correr. De repente um menino leva um tombo e cai por cima do braço. Percebi na hora que o tombo foi feio. Ele caiu com todo o peso do corpo sobre o braço e não levantou. Os colegas pararam a brincadeira e correram para ele. Disse aos meus alunos para não saírem da sala e corri para onde estava o menino acidentado. Nenhum adulto tinha visto a queda nem sabia o que tinha acontecido. Poderia ser bem grave.
Quando cheguei até o menino vi que escorria sangue do seu braço. Havia um 'buraco' abaixo do cotovelo e o sangue escorria...
Tentei acalmar o menino e corri para a sala da direção. O diretor chamou o SAMU e me deu um pano limpo para tentar cobrir o ferimento. Enrolei o braço do menino e deixei ele com uma funcionária da escola. Depois fiquei sabendo que a mãe do menino chegou e foi com ele para a urgência (levados pelo SAMU).
Ele levou uns pontos e ficou tudo certo. menos mal.
Vocês acreditam que essa semana esse mesmo menino colocou o dedo na porta (que alguém empurrou) e cortou parte do dedo? Outro corre corre (esse eu não vi, estava na sala de vídeo), levaram o menino e o pedaço do dedo para o hospital. Lá os médicos tentaram fazer o enxerto. (Observação feita alguns meses depois do acontecido: Ainda bem que deu tudo certo e ele não perdeu o dedo.)
Mas no dia seguinte do acidente, na mesma sala que aconteceu o acidente, peguei alunos 'brincando' de empurrar a porta. Um empurra para dentro e outros para fora. Uma 'brincadeira para medir forças. Só que foi nesse tipo de brincadeira que o colega cortou fora parte do dedo.
Mas no dia seguinte do acidente, na mesma sala que aconteceu o acidente, peguei alunos 'brincando' de empurrar a porta. Um empurra para dentro e outros para fora. Uma 'brincadeira para medir forças. Só que foi nesse tipo de brincadeira que o colega cortou fora parte do dedo.
Como é que essas criaturas conseguem repetir a brincadeira que pode ter custado o dedo do colega dias antes?
Juro que não entendo meus anjos...